
Nos últimos dias 25 e 26 de outubro ocorreu a Conferência Mundial de Atenção Primária da Saúde na cidade de Astana, capital do Cazaquistão. O encontro deu origem a chamada ''Declaração de Astana''. Cento e noventa e quatro países membros da Organização Mundial da Saúde, dentre eles o Brasil, assinaram o documento, se comprometendo a fortalecer a atenção primária.
Na ocasião também foi realizada comemoração do aniversário da histórica declaração de Alma Alta, firmada em 1978, na cidade homônima no Cazaquistão. Foi, então, a primeira vez que líderes mundiais se comprometeram com a atenção básica. Quarenta anos depois, a Declaração de Astana surge em meio a um crescente movimento mundial por mais investimentos na medicina preventiva e na saúde da família, de modo a alcançar a cobertura universal de saúde.
Os recursos de saúde têm sido predominantemente focados em intervenções de algumas doenças e não em sistemas de saúde fortes e abrangentes – uma lacuna destacada por várias emergências de saúde nos últimos anos.
Segundo consta no documento, esta “visão da Atenção Primária à Saúde (APS) e da cobertura universal de saúde permite abordar pelo menos 80% das necessidades de saúde. Mas as sociedades não gravitam automaticamente para a saúde e equidade em saúde. Para ter êxito, é preciso agir deliberadamente para reforçar os três componentes da APS, com ênfase em equidade, qualidade e eficiência.”
O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, pontuou claramente o papel inestimável da atenção primária: “A saúde não é um brinquedo político, ela deve ser usada para promover o bem-estar e qualidade de vida” E isso só vai acontecer quando nos comprometermos a fazer da atenção primária à saúde a base da assistência universal.”
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